quarta-feira, 6 de outubro de 2010

É amor! ♥!


Encontros no meio das defesas toda havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo delicioso de se sentir que escorregava de dentro da gente e se esparramava no sorriso. Escapulia no olhar. Cantava no silêncio. Fazia florescer pés de sol no tempo encantado em que estávamos juntos. Dispensava nomes e entendimentos. Havia algo que tinha um cheiro inconfundível de alegria. De vida abraçada. De chuva quando beija a aridez. De lua quando é cheia e o céu diz estrelas. Um cheiro da paz risonha do encontro que é bom. No meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo maravilhoso para ser dado e recebido, daqueles presentes que a vida embrulha com os seus papéis mais bonitos e entrega, toda contente, a duas pessoas. Havia algo para ser trocado, e troca é quando duas vidas se sentem olhadas ao mesmo tempo. Havia algo que fazia um coração falar com o outro, ouvir o que era dito, gostar do que era dito, rir com o que era dito, sentir-se espelhado, sentir-se enternecido, querer brincar, muito além do que qualquer palavra, por qualquer motivo, por qualquer defesa, tentasse, emvão, esclarecer. Uma vontade de parar todos os relógios do mundo para eternizar a dádiva da presença compartilhada, e a impressão de que às vezes até conseguíamos. No meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo que escapava ileso, dos artifícios todos, todos tolos, que a razão arranjava para não deixar o amor fluir com a beleza dele, o chamado dele, a natureza dele. Amor sempre arruma brecha para escoar entre os dedos temerosos do medo. Pode ser que a gente sinta tanto receio e se proteja tanto, as feridas antigas cicatrizadas coisíssima nenhuma, que nem consiga vivê-lo em sua plenitude. Mas que ele escoa, escoa. Esparrama no sorriso. Escapole no olhar. Canta no silêncio. Diz. No meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo que delatava o desejo, os quarteirões da gente todos iluminados com o fogo feliz da sensualidade, iluminadas as ruas todas que dão acesso ao lugar onde o corpo e a alma costumam se encontrar e dançar numa única canção. Havia algo que não podia ser negado, preterido, amordaçado. Algo que inaugura primavera, tanto faz se é inverno. Algo raro e precioso. Que é perfeito, ao mesmo tempo em que consegue incluir todas as imperfeições. Que é lindo, ao mesmo tempo em que consegue integrar as esquisitices todas que gente também tem. Havia amor e, de um jeito ou de outro, sabíamos sem nos dizer, havia chegado pra ficar. O amor quando é amor é amor.

- Ana Jácomo -

Obs.: Este lindo texto foi mandado pelo meu mais novo seguidor Thiago Bonaretti, eu quero agradecer por todo o carinho que vocês meus parceiros me dão todos os dias, quero que saibam que vocês me inspiram sempre e me trazem alegria em seus comentários. Desejo a todos muita inspiração e criatividade em seus blogs e muito sucesso com os seus seguidores. E espero que sempre que passem por aqui se sintam em um cantinho aconchegante, bem este é o lugar de todos vocês !


Beijos com carinho de Palavras ao vento! !

3 comentários:

  1. E eu desejo toda fonte de boas energias pra você pra que continue aqui conosco por muito tempo!

    aah.. Ana Jácomo é ótima! ^^

    abração, flor!

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  2. Aline,
    depois dê uma passadinha em meu blog e confira o selinho que tem pra você!

    beeijo

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